UM MORRO

Amargo a boca

nas costas da língua

o grito sufoca

a mente calcina

a velha fofoca

não és mais menina

o sol se debruça

por entre as colinas

eu pairo o tempo

trago o cigarro

queimo a língua

morro saudade

nuvem se aproxima

abaixo um penhasco

teus olhos pintados

negrume como a alma

que tinge o ciume

que grita calado

e chora acessa

o teu candelabro

talvez se um dia

eu morro ao teu lado.

Cristiano Leandro
Enviado por Cristiano Leandro em 17/11/2013
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