ENTRE CACOS AO CHÃO
Esse que aparece no espelho não sou eu
É um apenas um vulto em luto
Batendo palmas e mostrando a língua
Enquanto se masturba freneticamente
Ao sabor do que é solúvel e volúvel
Diante do reflexo que se forma nos cacos ao chão
Quando o espelho inviolável que parecia existir se quebra
Ao deixar de exibir o último resquício do que fui um dia.