ENTRE CACOS AO CHÃO

Esse que aparece no espelho não sou eu

É um apenas um vulto em luto

Batendo palmas e mostrando a língua

Enquanto se masturba freneticamente

Ao sabor do que é solúvel e volúvel

Diante do reflexo que se forma nos cacos ao chão

Quando o espelho inviolável que parecia existir se quebra

Ao deixar de exibir o último resquício do que fui um dia.

Zaymond Zarondy
Enviado por Zaymond Zarondy em 31/07/2013
Código do texto: T4413115
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