Interlúdio de um poeta
Interlúdiei o rebanho de notas,
de alguém que nem espera nada.
Fiz de mim um aço de cordas,
para enfadar o dedo que toca.
Limitei-me trocar o acórde,
para o brilho de tudo evitar.
Na leitura me obteve o concorde,
para que nas notas eu pude-se nadar.
O mar mais lindo da música,
é rico em poetizar.
consiste em notas malucas,
com efeito em fazer chorar.
O corpo também respira,
a arte de poetizar.
Unindo o corpo e a mente,
numa sonora nota formar.
Enfatizando o dedilhar, de versos que nunca apreendi,
consiste em reatar, o verbo que nunca vivi.
É o sinfônizar, do canto da estrofe que li.