Nada sei

Quase nada sei

dos raios de

Iansã.

São claras

as manhãs

nos olhos

das rãs?

É doce o cheiro

das ervas nos pés

de Tupã.

Quem abençoa

o canto das almas,

minhas irmãs?

Eu sei de ausências:

filhos, pais e mães.

Sons de sinos,

latidos de cães.

Estalos

de folhas

no chão,

a chuva

no rosto

e na mão.

Raimundo Lonato
Enviado por Raimundo Lonato em 16/05/2013
Reeditado em 19/05/2013
Código do texto: T4292912
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