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Flores de Ipê


Foram-se as flores do meu ipê,

Caíram em murchas manchas silentes,

Mortas manchas

Aparentemente, para sempre.

 

Mas permanece a árvore, que guarda

Em si, milhares de sementes

De outras árvores, e outras flores

Que hão de brotar novamente.

 

Mas jamais serão as mesmas flores,

E jamais, as mesmas sementes.



*



Imagem: Ana Bailune





Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 15/10/2012
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