Flores de Ipê
Foram-se as flores do meu ipê,
Caíram em murchas manchas silentes,
Mortas manchas
Aparentemente, para sempre.
Mas permanece a árvore, que guarda
Em si, milhares de sementes
De outras árvores, e outras flores
Que hão de brotar novamente.
Mas jamais serão as mesmas flores,
E jamais, as mesmas sementes.
*
Imagem: Ana Bailune