DORME, POETISA
Quase não dorme, a poetisa.
Só se recolhe
Ao último sopro da brisa,
Quando o sol já se insinua.
Então ela se encolhe
Em seu leito de temores
De nunca mais despertar.
Dorme, amada,
Irás acordar
A mim inteirinha doada.
Quase não dorme, a poetisa.
Só se recolhe
Ao último sopro da brisa,
Quando o sol já se insinua.
Então ela se encolhe
Em seu leito de temores
De nunca mais despertar.
Dorme, amada,
Irás acordar
A mim inteirinha doada.