DORME, POETISA

Quase não dorme, a poetisa.

Só se recolhe

Ao último sopro da brisa,

Quando o sol já se insinua.

Então ela se encolhe

Em seu leito de temores

De nunca mais despertar.

Dorme, amada,

Irás acordar

A mim inteirinha doada.

Alfredo Duarte de Alencar
Enviado por Alfredo Duarte de Alencar em 22/07/2012
Reeditado em 22/10/2012
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