INTERAGINDO COM YANA MOURA
Em SERTÃO GUARIBAS,
Segues além de referências doídas
A um hoje mero veio d'águas esvaídas
Que mesmo em tempos de alongado estio
Revelou-se caudaloso rio,
Ora de terna brandura,
Por vezes tomado de indomável loucura,
Afagando,
Ou assombrando
A cidade para a qual se fez moldura.
Tempo escoado,
Verde no entorno devastado,
Leito assoreado.
Por cimento, pedra e ferro encarcerado,
Restou como fantasma assombrado
E não mais assustando
Tamanhas as forças que de si foram arrancando.
Quiçá como cloaca tomado,
Hoje é destino de rejeito indesejado.
Mas visualizo o Guaribas capturado
Qual metafórico painel delineado
Da nossa Picos ao descaso relegado,
Urbano sítio esteticamente devastado
Não obstante econômica afluência.
Sobre quem pesa a culpa da degenerescência?
E o que fazer pela cidade disforme?
Conclamo para um debate em rede fomentar,
Com vistas a remédios formular
Antes que em cinzas, qual o Guaribas, se transforme.