NOITE MÁ

A noite da minha amada

Segue sendo atribulada

Por sono não satisfeito.

Dói-me n'alma e no peito

Tê-la bem junto a mim

Em vigília quase sem fim.

Nenhum recurso exterior

(massagem, unguento,

conversa, medicamento)

Exorciza o fantasma interior

Que lhe apavora

E seu auto-controle devora,

Desde o tempo de criança.

Argumentação racional

Não atenua o mal,

Nem assegura do mental repouso, a bonança.

Mas, nunca a convenço de que

Só trabalhando a psiquê

Vai ter o sono normal.

Dorme, amada,

É premissa irrecusada

Que, para a mim inteira te fazeres doada

Mister se faz teu desassombro, sim,

Eu em ti, tu em mim,

Entre nós dois, nenhum fantasma, NADA!

Alfredo Duarte de Alencar
Enviado por Alfredo Duarte de Alencar em 10/07/2012
Reeditado em 26/07/2012
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