PARA A POETISA ASSASSINA

Ah! é, minha quase... ex-amada?

Andas enciumada

Porque a outras dediquei

Versos que escrevinhei?

Em tua anterior postura

Tinhas-te como única criatura

A quem meu amor eu podia dar.

Por isso dispensavas total desprezo

A este que julgavas preso,

Para todo o sempre, ao teu egoísta e gélido amor.

Agora tenho olhos, coração e corpo para outras mulheres

E elas me trazem fulgor.

Não foi sempre assim que quiseste e queres?

Instigo-te, meu quase ex-amor!

Exponho afinal que no terreno das desfeitas

Não existem rimas perfeitas,

Desprezo rima com DOR.

Alfredo Duarte de Alencar
Enviado por Alfredo Duarte de Alencar em 09/07/2012
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