PARA A POETISA ASSASSINA
Ah! é, minha quase... ex-amada?
Andas enciumada
Porque a outras dediquei
Versos que escrevinhei?
Em tua anterior postura
Tinhas-te como única criatura
A quem meu amor eu podia dar.
Por isso dispensavas total desprezo
A este que julgavas preso,
Para todo o sempre, ao teu egoísta e gélido amor.
Agora tenho olhos, coração e corpo para outras mulheres
E elas me trazem fulgor.
Não foi sempre assim que quiseste e queres?
Instigo-te, meu quase ex-amor!
Exponho afinal que no terreno das desfeitas
Não existem rimas perfeitas,
Desprezo rima com DOR.