Aprendi (11-04-2010)

Após meses e meses, algumas delas ainda não aprendi. Mas ao relê-la percebo que a evolução do ser depende de seu estado de espírito, onde as dificuldades tem o papel de nutrir os mais infames pensamentos, melhorar a realidade e evoluir espiritualmente...

Nem sempre somos otimistas ou espantamos a melancolia a bel-prazer, todavia o render graças é a principal lição que aprendi.

Aprendi a ser ingênuo, pois só assim a imunda racionalidade me deixou entender o amor.

Aprendi a ser silencioso, pois é no vácuo do tempo que consigo ouvir apenas tuas palavras.

Aprendi que a prova dos sentimentos não são dadas por palavras, mas por um simples olhar.

Aprendi que o perfume de uma flor é mais doce quando assim queremos que o seja.

Aprendi a amar sem limites e me perder em todas as estradas...

Aprendi que Deus é piedoso e respeita meus sentimentos.

Aprendi a ser mais forte nas dificuldades que não dependem de mim, sem perder a fragilidade d´alma.

Aprendi a escrever como antes, entregando-me a nobreza da liberdade de pensamento.

Aprendi a ser criança, em um mundo sem dor, sem violência e sem rancores...

Aprendi que a saudade não é passageira, mas suas marcas são favoráveis.

Aprendi a valorizar-me mesmo sozinho, e estar bem sabendo que o outro está...

Aprendi a ser infame, para os perigos atrozes afastar.

Aprendi o significado de muitas palavras e de poucos gestos.

Aprendi que a sofreguidão capitalista abala os corações mais severos e mais tolos.

Aprendi que a lamúria de meus dias não passam dessa gratidão infinita...

Não aprendi ainda a ser forte para encarar todos esses aprendizados, nem aprendi a compreensão mútua que devemos ter na busca dos entes queridos que nos deixaram.

Mas uma coisa é certa... aprendi a ser fiel a mim mesmo quando aquela gramínea esteve abaixo de meus pés, e a decisão de viver e honrar partir daquele instante.

O restante vou aprender...um dia vou...