POSSES DO POETA
POSSES DO POETA
O poeta nunca será pobre
enquanto, em seu ofício,
tange sobre a lâmina dos mares,
leves naus sob luar veterano,
levando ao fundo, em rica alcova,
alfombrada de linhos e de sedas,
seus amores, suas musas, suas amantes.
Mas será pobre como fora antes,
Ao tempo que o estro dorme,
quando volta a ser
um pobre mortal ser humano.
230811 – Afonso Martini
Vejam só a inspiração da querida amiga poetisa Ana!
Querida poetisa, que bela interação que me deixa orgulhoso.
Mil agradecimentos por me dares essa deferência. Amei de verdade!
O POETA TEM RIQUEZA NA POBREZA!
O poeta tem riqueza na pobreza
E, como ninguém, ousa sonhar
Sem ter banquetes sobre a mesa
Nem palácios à beira mar.
Seus versos bem guardados,
Por seu coração amante do luar
À maior das joias comparados,
Um dia, ao mundo, vai revelar!
A sua infindável riqueza
Está nas coisas mais singelas
Da natureza nos traz a beleza
E pinta as mais belas aquarelas
O poeta tem riqueza na pobreza!
Ana Flor do Lácio