DESONRA AO MERITO

A sala ecoa o vazio!

a falta e o silencio resoam a emblemática

saudade casta;

que cutuca os moveis da sala,

imoveis, estáticos e fotográficos.

como imagens nítidas na alma. moveis.

crianças que brincam fósseis na fala.

a alegria minha infesta,

o momento que apaga;

a solidão na lembrança que afaga.

As panelas suspensas no vento, ainda escuto badaladas,

onde estão agora os espectros que tanto amei?

e o abandono deles, é a unica lembrança

das noites caladas.

e o medo catatônico por baixo das vestes que deixei

transpassa a madrugada alada,

que pela lembrança casta já da alvorada;

eu abominei.

E ao verte astro-rei,

renascido da luz desse Decanato dia

refaz, apago, lembranças caladas que repudia,

no meu peito, memorando medalhas

com desonras sem méritos, colecionei.

Cristiano Leandro
Enviado por Cristiano Leandro em 22/02/2011
Reeditado em 22/02/2011
Código do texto: T2808629
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