DESONRA AO MERITO
A sala ecoa o vazio!
a falta e o silencio resoam a emblemática
saudade casta;
que cutuca os moveis da sala,
imoveis, estáticos e fotográficos.
como imagens nítidas na alma. moveis.
crianças que brincam fósseis na fala.
a alegria minha infesta,
o momento que apaga;
a solidão na lembrança que afaga.
As panelas suspensas no vento, ainda escuto badaladas,
onde estão agora os espectros que tanto amei?
e o abandono deles, é a unica lembrança
das noites caladas.
e o medo catatônico por baixo das vestes que deixei
transpassa a madrugada alada,
que pela lembrança casta já da alvorada;
eu abominei.
E ao verte astro-rei,
renascido da luz desse Decanato dia
refaz, apago, lembranças caladas que repudia,
no meu peito, memorando medalhas
com desonras sem méritos, colecionei.