RASGA MORTALHA

Na luz do fim dia

vejo o voou da ave sangria,

que arremata o céu em noite fria

rasgando a mortalha um som que arrepia.

temendo a profundeza do corte

que narra a natureza da morte,

caido o corpo depois do sopro forte

voa a ave em direção do vento norte.

onde esconde o ninho seu filhote,

a sina curiosa temente do dote

onde prédios e casas lhe dão um lote

voraz sonar que emite medo em tom de morte.

enquanto a fumaça paira sobre o poste

a névoa densa esconde a sorte,

rasgando a fina seda sobre a testa

presságio fúnebre redenta o que te resta

no qual o ultimo suspiro sobre tua destra

ou ultimo passo fixo sobre a terra.

Cristiano Leandro
Enviado por Cristiano Leandro em 21/02/2011
Reeditado em 22/02/2011
Código do texto: T2806722
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