Silêncio imortal
Nesta esmagada sauna inerente
me esparramo na sua solidão precária,
não acendo a luz desta brisa envolvente
que em seu encejo ávido recria este espaço,
figurativo do pleno compasso decadente.
Um caldo de sangue envenenado deserda
esta sua haste nômade e colateral,
pois diante dessa pilha de incertezas irracional,
ligam-se a este crime oculto diante do seu regaço imparcial.
Sangra-me os olhos, que assim desaguam
na plenitude dos desejos imunes da vida,
quero mais dessa couraça anarquista,
para que me gere sonhos nos alvo desta corrida.
Silêncio imortal que envolve meu viver
realça aquilo que esta entupindo minhas veias,
fazendo assim reconstruir a minha desejada
fonte de amor e prazer.