Despojado, hoje.

O céu, hoje, está desguarnecido,

e o mar está brando.

Convém, às vezes, a um ser,

a um poeta,

o vazio do céu,

a brandura do mar...

Hoje as folhas secas das árvores,

neste Outono,

têm um tom amarelado lindo,

parecem ouro cintilante...

É bom, às vezes, para um ser,

para um poeta,

as folhas secas, belas,

o ouro brilhar...

Hoje o poeta não fala,

pensa leve.

Senta-se num vazio ternurento,

cala a inquietação,

desdenha as tristezas,

ouve o som oco das palavras...

Vive um dia de liberdade!

Vénus Ad Extremum
Enviado por Vénus Ad Extremum em 15/11/2010
Reeditado em 15/11/2010
Código do texto: T2617620
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