Entre o místico o fractal e as dívidas

Ao todo que me entrego como hóstia ou místico alimento

Fermento entre as doçuras deste emaranhado de tantos sem tempos.

E nem meus sonhos, alucinações e dores, afugentam as velhas amarguras,

Sob a aparência fractal dos momentos infelizes e repetidos no mesmo espaço.

Revivo a infância nociva, arrancada de meus conteres,

No silêncio de asas quebradas que me fizeram apenas plainar,

Por sobre todas as inverdades, camufladas pelo falso do desinteresse,

Na perfeita medida fermentada pelo cruel das desrazões.

Exaltam suas antigas entregas, seus favores e atenções,

Apresentadas em velhas e conservadas notas promissórias.

E não poucos são os incansáveis cobradores

Que a cada antigo favor, me lembram que é dívida o que pensava ser amor.

Jaak Bosmans 13-11-10