Poemínimos
Teatro Nô
no escuro
um kamikase
abre a boca
nada fala
solta pum.
ZEN
u m
c í r c u l o
u m c i r c o
a b e r t o
e m
l o n a
n u v e m
p o s t a
II
Palhaços
invisíveis,
palhaços gargalham...
saltam no ar.
Alegria demais,
assusta.
Entre urros e silêncios
a plateia vai ao chão.
FÉ
nos fios da teia
aranhas não morrem.
Cai a chuva.
Divinos olhos iluminam
árvores pedras asas
pássaros
o deus das águas
guarda os peixes
o riso abençoa
chove lágrimas.
O céu se abre
na palma da mão.
Em ondas o amor
transborda no mar.