Poemínimos

Teatro Nô

no escuro

um kamikase

abre a boca

nada fala

solta pum.

ZEN

u m

c í r c u l o

u m c i r c o

a b e r t o

e m

l o n a

n u v e m

p o s t a

II

Palhaços

invisíveis,

palhaços gargalham...

saltam no ar.

Alegria demais,

assusta.

Entre urros e silêncios

a plateia vai ao chão.

nos fios da teia

aranhas não morrem.

Cai a chuva.

Divinos olhos iluminam

árvores pedras asas

pássaros

o deus das águas

guarda os peixes

o riso abençoa

chove lágrimas.

O céu se abre

na palma da mão.

Em ondas o amor

transborda no mar.

Raimundo Lonato
Enviado por Raimundo Lonato em 29/10/2010
Código do texto: T2584479
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