O tempo
Oh quanta brutalidade!
Meus olhos imantados de paixão
Viraram, no tempo, torneiras secas
De onde pingam o sal e a solidão
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Deusa
Toca-me com a poesia
Que há na magia do teu sonhar
Envolve-me de luas e noites
Pelos caminhos seguro das estrelas
Deixe que eu beba do absinto
Que incandesce teu sorriso
Porque a inocência dos teus lábios
Me faz mais puro!
Pois quando eu te olhei
Por entre a imensidão dos teus olhos
Vi vastidões de planícies intocadas
Infinitos a serem descobertos!
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Um olhar
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Metamorfose
Quando você parir
As lagartas do medo
A borboleta nascida
Revelará um segredo
Machos e fêmeas
Compartilharão o mesmo corpo
Fundidos num só sonho
Encenando o mesmo enredo
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Rio de Sentir
À beira de um rio
de sentidos
Uso as palavras
Para lavar
minhas dores
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dallas/outubro/Infinito/de nunca e sempre