o dono do espanto

Nas narcóticas linhas desta alva,

Arredondam suas vinhas...

Que alimentam esta serenata...

Arrepiando meu corpo...

Dentro da sua vinha côncava.

Retirados do poço morto da vida.

Sugam-se seu sangue... Derretendo...

A sua carne estagnada... Desvinculando-a...

Deste desesperado e insólito contato...

Em meio a sombria linha da alva.

Acomodou-se enterrando seus ossos...

No mais profundo dos poços...

Construindo bases de guerras..

No túmulo que em seu atrofiado...

Sangue envenenado opera.

O dono do espanto chega...

Expelindo fogo.. Desastre e solidão...

Acrescentando ainda mais morte...

E choro em meio a este deserto...

Ensangüentado e cheio de podridão.

jesse ribeiro felix
Enviado por jesse ribeiro felix em 20/10/2010
Reeditado em 29/10/2010
Código do texto: T2567702
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