PAUSAS
 
 
Tem dias nos quais eu ouço,
Mas não escuto.
Nos quais eu olho,
Mas não vejo.
Nos quais eu falo,
Mas não digo nada.
Nos quais eu toco,
Mas nada sinto.
E nesse coma induzido
Pela monotonia da rotina,
Nesses dias de dormência,
De pura paralisia...
Eu apenas vegeto,
Não vivo.