Pouco a pouco

Sem consciência,

garatujo.

Rabisco escritas

sem esmero.

Firo as fibra do papel

com o grafite pontiagudo.

Os caracteres,

desconhecidos uns dos outros,

ajuntam-se com embaraço.

Desponta cada manifestação gráfica.

Um fonema, um grupo de fonema,

tornam perceptíveis os

corpos das fontes.

Conjuntos de signos linguísticos,

apontando coisas do

mundo físico ou psíquico,

ganham proeminência.

O fino bastão de grafite, pressionado resolutamente contra o papel,

agora célere, esculpe, entalha, dá forma e aspecto aos sinais transcritos da fala:

estou com pressa! Signos prementes desenrolam em minha mente. Desembrulham velozmente, e eu corro para alcançá-los.

Transcrevo!

Odacardo
Enviado por Odacardo em 14/06/2010
Reeditado em 11/08/2010
Código do texto: T2319700
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