Pouco a pouco
Sem consciência,
garatujo.
Rabisco escritas
sem esmero.
Firo as fibra do papel
com o grafite pontiagudo.
Os caracteres,
desconhecidos uns dos outros,
ajuntam-se com embaraço.
Desponta cada manifestação gráfica.
Um fonema, um grupo de fonema,
tornam perceptíveis os
corpos das fontes.
Conjuntos de signos linguísticos,
apontando coisas do
mundo físico ou psíquico,
ganham proeminência.
O fino bastão de grafite, pressionado resolutamente contra o papel,
agora célere, esculpe, entalha, dá forma e aspecto aos sinais transcritos da fala:
estou com pressa! Signos prementes desenrolam em minha mente. Desembrulham velozmente, e eu corro para alcançá-los.
Transcrevo!