Ser bicho, ser homem
São tuas lacunas vazias que assim te fez
És carne, és desejo que te mantém...
E sentir contraria que te refez
De tua prisão-carne sede refém.
E nos galhos está preso teu atar
Suba rumo a ele para resgatar-te, bicho...
Assim como a ti não renegue amar
Porque frio és o teu caminho sem capricho.
E renegas o amor que te foi criado
Presente que exila animal de dentro
Age como ser que nunca foi amado
Bicho solitário em teu buraco adentro.
E quer sentir, quer amar, quer criar
Apenas sinta...
Quer sorrir, quer cantar, quer onde possa estar
Livre és fora de ser bicho está.