O infante

Pálpebras dormentes, lentes que flutuam no sono

Rentes ao sortilégio onde caio

Noite atraente que falha as frestas de um abismo

E que a mim só faz sentido de soslaio

A espuma a qual me deito não acolhe nem as plumas

Daquele pássaro abatido... Devia eu ter rendido forças

Indiretas lacrimais ao invés de por deleite ter elas contido

Na mesma lama em que mergulham aflitos

Seres fracos com efêmeros princípios

Já nadei, perdendo ar de tanto esgoto e,

Agora sei que mesmo sem entender

Que ser garoto fácil é querer dormir contente

Livre de anedotas subconscientes

A fio dominantes...

Retiro das centelhas do medo

Equívocos permanentes d’antes

Na intenção de sentimentalmente ser sadio

Trabalhar comigo... acalentar o amor e tê-lo como abrigo.

oduduá samba
Enviado por oduduá samba em 15/04/2010
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