Acaso Por Acaso

Por acaso na rua,

Enquanto um casal discutia,

O sol por detrás do concreto nascia;

Por acaso no asfalto,

Enquanto uma flor se abria,

Um mendigo de seus jornais de descobria;

Por acaso a boca do louco sabia

Coisas que louco comum nenhum saberia;

Por acaso o tempo passa,

Por acaso a gente nasce

Tanto quanto a gente morre;

Por acaso em cada olhar de descaso,

Vejo o mesmo desejo

Que todos têm por um beijo

E por acaso assim

Esse poema

Chega ao seu fim.

Guito Britto
Enviado por Guito Britto em 07/03/2010
Código do texto: T2125357
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