Alucinação


No breu da noite, em meu quarto

Vejo apenas paredes e insinuação.

Busco a inspiração através do meu pranto,

Mergulho no meu campo de ação...

A fantasia de poeta, um tanto quanto

Atrevida, esta que nunca me diz não,

Que me envolve num manto

Queda o horror da solidão,

Banha-me no orvalho santo

Da madrugada, me embriaga como vinho em decantação.

Estrelas assistem meu pranto

A lua diz , chore não!

Me perco nas alamedas da ilusão

Meus fantasmas são tantos...

E os meus versos nascem como canto

Saltitando na garganta meu poema alucinação!!

 

Diná Fernandes