O que sei que sou?
Entre tantos moinhos e rodopios, represento-lhes para transparecer, parte do meu ser: quente,.vibrante, sutil.
Não me é fácil construir estereótipos, nem ao menos palavra alguma que possa descrever-me.
E para que descrever?
Se vivo, se sinto.
Não vês? Não sentes?
Não os deixo a desejar, nem ao menos sem respostas.
Os deixo conhecedores de mim, mesmo que informalmente.
Talvez sou aquilo que nunca pensei ser.
Mais que sou tensa e firmemente.
Sou algo que não pode jamais ser descrito, pois as interrogações que circulam em mim, transpõe modos escritos.
Sendo mim mesma, conseguindo ser você,conseguindo ser o outro.
Um ser biologicamente preparado para viver mil vidas.
Levo á vida assim brincando com o real, tentando fazer o que para mim é importante.
Eu sou a parta indefinida, indecisa e concreta da humanidade.
Eu sou o que meu corpo produz.
Eu sou da luz, porque o único escuro que eu carrego é a sombra que meu corpo produz.
Eu sou o que a sombra produz.