RASTROS MEUS

Rastros meus que ficam

Assinalados na poeira

Da estrada que palmilho,

Sem eira e sem beira,

Sem corrimão e guardrail

Que me conduzam à vida

Na segurança que me faz jus...

Rastros meus, que assinalam

A poeira lamacenta

Depois da chuva caída,

Pelos ventos, trazida,

Fazendo-me acelerar os passos,

Para, desprevenido, não molhar-me...

Rastros meus, que se apagam,

e se ficam esquecidos,

E quem os viu, não mais os verá

Com seus olhos, mas, sim, tal, que,

Com o seu meigo lembrar-se de mim...

Josea de Paula
Enviado por Josea de Paula em 04/08/2009
Código do texto: T1735826
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