ÍTEM DE ALGO
Ao confidenciar meus segredos
Em registro, na agenda do tempo,
De uma coisa me certifico,
Apesar da coragem que tenho,
De um ítem de algo eu temo,
Me amedronta e me faz sentir-me frágil,
Não queria ter esse vil contágio...
Esse ítem de algo que me contagia
A todo instante de momento,
De noite e de dia, é o fato de que,
Logo, logo, vou ter que partir
À uma viagem de ida sem prévia volta,
E, ao pensar nisso, me revolto,
Ao saber que me é realidade
Verídica de verdade à consumar-se...