lenda

1

na aldeia das sibilas

mora a moça guerreira

alta, não usa salto

linda, cara lavada

nutre larvas,

eus selvagens

os temperos, as palavras

a voz e o indomável,

o campo de seus embates

2

quando o macho

alveja a esposa,

aquela moça guerreira

linda, cara lavada,

retira-se e cede a passagem

para a rainha de cada sibila

(palavras cunham fados)

a guerreira abre alas

entre fileiras vivas

consentindo ser a matriz

esperada pela aldeia

(o ciclo da história se cumpre)

oh guerreiro, oh soberana,

vossas vontades não contam

quando canta a colméia