Herói (Yad VaShem)

Dança esta alma à luz dos olhares,

No crepitar de brasas do fogo aceso

Sem rumo, sem céu, à deriva por mares,

A emoção dá-lhe vida, a vida dá-lhe enredo...

Emoções vagam em seus pensamentos,

Pensamentos todos e os devassos;

Escondem medos, temores e os tormentos,

Alma aflita, sonhadora, sem abraços...

Subitamente, numa grande panacéia,

Em seus devaneios abstratos duma idéia,

Tão mortais, que n’alma lhe corrói...

Arranca de sua alma as fontes nebulosas,

E acha nessas fontes as graças prodigiosas,

Lágrimas vertidas de mais um herói...

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Escrevi esse poema após assistir ao filme O Menino de Pijama Listrado.

O Menino de Pijama Listrado narra a história da amizade entre Bruno, filho de um oficial nazista, diretor de um campo de concentração, e Schmuel, um menino judeu e um dos prisioneiros neste campo.

Os dois têm nove anos e até antes das atrocidades da guerra, levavam vidas muito parecidas, o que fica claro pela sutileza nos diálogos dos dois, e na própria realidade do campo e da casa do menino Bruno.

O campo de concentração parece aos olhos de Bruno, uma fazenda, visto da janela de seu quarto, onde vivem estranhos fazendeiros, que usam pijamas listrados o tempo todo. A rigidez, a dureza e a rispidez dos soldados lhe são reveladas aos poucos, que como um explorador, vai entendendo a natureza do trabalho de seu pai.