Nomes e Números
Nos galpões das noites de inverno,
Pessoas presas, marcadas, feridas;
Aguardam sentença para o inferno,
Como rebanho num curral, abatidas.
Feito gado ao matadouro eram lançadas...
Rostos tristes, cadavéricos e pálidos,
Como estrela sem brilho, finitas, apagadas.
Famintos, sem esperança, esquálidos...
Nesta solidão das noites dolorosas,
Ali, sem as rezas, sem o livro sagrado.
Nem um anjo, nem o bem-aventurado.
Somente nomes ou números eram,
David, Abraham, Sara, Baruc, Levi,
Benjamin, Asher, Rebeca e Rosas...
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Após visitar o Instituto de Cultura Judaica em São Paulo, refleti em dlgumas coisas...
A humanidade não aprendeu nada, pois...
... estivemos segregados quando nos trataram com menosprezo, com discriminação e com arrogância.
Ou quando estivemos na pele dos excluídos quando nos odiaram. Estivemos na pele de um imigrante quando nas palavas de certos eruditos, apenas ignorância e presunção eram destiladas.
E mais, com o mesmo rigor de um inquisidor medieval...