Martelo Essoudry
Ao Rabino Issac Esoudry Z’’L.
Martelo que bate e bates,
Da solda, encaixe, encaixes,
Da voz que ecoa, ecoas,
A esperança que bate e bates.
Fizestes peça e peças,
De leituras de folhas e folhas,
Deixastes a chama da vida,
Na arte de tuas escolhas.
Tua voz palavra, martelo,
Que até no silêncio ensina,
Que a sina da vida que temos,
É esta de não termos sinas.
Em teus passos lentos, martelo,
Vi a chama acesa, acesa,
Teu ensino que prende, aprende,
Tua solda desprende e prende.
Vai-se martelo, martelo,
E ficam as peças e peças,
Ficadas palavras, palavras
Tua chama, tua voz que me chama.
Tua arte real são as peças,
Que soldadas, hoje, se unem,
Tua solda, martelo e palavras,
Estão fincadas, no core, no cume.
Hoje o martelo se foi,
E com ele, algumas palavras,
Deixou marteladas e peças,
Na solda do amor, da sabedoria, o perfume.
Obrigado, obrigado, obrigado e siga em paz, Rabino Isaac Essoudry.