Paisagem de silêncio
No campo encoberto de neblina,
meus passos somem na relva fria,
sou apenas uma sombra, uma linha
em um horizonte que ninguém veria.
Entre árvores imóveis, eu me encontro,
onde o vento sussurra em sutil solidão,
é um eco gentil, um abraço sem rosto,
no vazio suave, na minha escuridão.
A paz que é minha e demais ninguém,
o silêncio que dança ao meu redor,
e no fim, entre a névoa também,
sou livre em minha sombra maior.