O vampiro
Ele falava o que outro alguém calava
Vinha astuto e cavocava
Lá onde ninguém lhe dizia, acariciava
Buscava em cada ato uma vaga
Ela sem fuga!
Se entregava...
Fazia-lhe um rosário
Uma estampa de santo
Roubando-lhe em cada canto
Quase um vampiro!
Sugava-lhe seu manto...
A lua cheia testemunha dos fios deletérios
Em que as noites bebiam cobertas em seus mistérios
No quarto em lençóis amarrotados, nus os seios
O amor não ficava entre os dedos
A malícia ria escandalosa...