Profano

Ao dia das bruxas

Nas sombras do crepúsculo, a bruma se ergue,

Lábios de veludo, um sussurro a ser,

Nas criptas do desejo, onde a lua se atreve,

A dança da paixão começa a renascer.

Teus olhos, sepulcros, profundos e eternos,

Guardam segredos de eras esquecidas,

Despertam em mim os sentimentos infernos,

E lambem minhas almas, suas chamas contidas.

Teus dedos, como espinhos, desenham o destino,

Tocam meu corpo, o calor do veneno,

A pele se arrepia, um amor clandestino,

Entre sombras e ecos, seguimos o terreno.

Um cheiro a incenso e rosas murchas,

Num altar de miragens, o profano é divino,

Corações em labaredas, em chamas, em lufadas,

Na penumbra da noite, o amor é maligno.

E assim, entre sombras, nossos lábios se encontram,

Num beijo deslizado, erótico e profundo,

No ritual da luxúria, os corpos se despontam,

Na eternidade das trevas, somos um só mundo.

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Alguém disse-me: Não és tu!

Mas quem disse que sou eu?

Somos muitos em um

e todos em nenhum...

Tem um provérbio japonês que diz que temos 3 faces, uma você mostra pro mundo, a segunda pros seu amigos próximos e família, a terceira que você não mostra pra ninguém e essa é o reflexo de quem você realmente é.

Quem sou eu????

Serpente Angel
Enviado por Serpente Angel em 31/10/2024
Reeditado em 31/10/2024
Código do texto: T8186702
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