A MORTE ENFIM...
Depois da morte transitória, nada subsiste
Tudo passa neste caos imundo
O tempo, uma dor lá no fundo
Cóleras tamanhas nos assiste, o mundo.
Das árvores ilusórias, frutos em podridão
A noite, em suas sombras falseadas
Adormeço, sentindo-me um zumbi,
Num leito mórbido de tormentos e ingratidão.
Conduzo a minha vida pela "contra-mão"
Apodrece-me o coração em vil pilherias,
Onde a procela de todas as misérias
Caía sem cessar daquela escuridão.
Quisera eu poder explicar o mistério
Da tua inexpugnável efígie estéril
Que adentra pela porta larga da desesperança,
Carreando aleivosias torpes e intemperança.
Ah! falsídia peremptória, descomunal
Destrói o olhar angustiante da esperança
"General" a frente de indômita guerra moral...
Com dolorosas lágrimas no campo de batalha, avança!
Por fim... esse ser repugnante e pretenso mortiço,
Que se refestelou ladrado em ambiente alagadiço
Vergastado e combalido por armas rústicas...
Às gemônias, na "via sacra" da irrisão pública.
Neste lodaçal, entre tantas mortes por perjúrios
À cafua!! Após vis e vãs batalhas de tripúdios...
Pois, nada subsiste, nem no raso, nem no fundo,
No caos imundo, deste reles e pervertido mundo.