SOMBRAS ETERNAS

 

Nos becos frios da noite sem fim,

Vaga a alma que o tempo desfez,

Ecos de passos no silêncio ruim,

A lua observa tudo outra vez.

 

Entre ruínas, o vento lamenta,

Cicatrizes do passado em vão,

O corpo cansado não mais tenta,

Ceder à luz, encontrar a escuridão.

 

No abismo dos olhos que choram,

Escorre a tinta do existir,

Sombras eternas que devoram,

O que restou do que há por vir!

Fernanda Xerez
Enviado por Fernanda Xerez em 21/10/2024
Código do texto: T8178553
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