SOMBRAS ETERNAS
Nos becos frios da noite sem fim,
Vaga a alma que o tempo desfez,
Ecos de passos no silêncio ruim,
A lua observa tudo outra vez.
Entre ruínas, o vento lamenta,
Cicatrizes do passado em vão,
O corpo cansado não mais tenta,
Ceder à luz, encontrar a escuridão.
No abismo dos olhos que choram,
Escorre a tinta do existir,
Sombras eternas que devoram,
O que restou do que há por vir!