Ode à Musa ...

Vem mais depressa

E recomeça

Meu coração!

E volva a saia

— Ensaia em mim —

Sou solidão!

Mas sê intensa

Como em encruzas

Ou cemitérios,

Que simples crânio

Escuro e velho

Espero, espero

Por teu declínio!

Por sobre mim

— Suor sanguíneo —

Ou sobre a rosa

Manchada a vinho!

Sê mais depressa

Que cada jura,

Cada promessa

Pontiaguda

De amor que fere

Ou amor que muda

E tão mais sútil

Quanto um silêncio,

O vulto, o incenso

E o quarto escuro:

Sê a palavra

E eu tuas cartas

E escreve o amor

E sela as mágoas,

Mas que ao olhares

Abertamente

Sejamos um

Como um só sente! ( ... )

Christopher Bennett
Enviado por Christopher Bennett em 14/10/2024
Reeditado em 14/10/2024
Código do texto: T8173531
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