Caminhos invisíveis

Quem decretou que a vida é só um esquema,

Um mapa de acertos, um lance de sorte?

Há quem faça dos filhos uma trama,

E quem trilha caminhos ditados pelo norte.

Uns entrelaçam afetos em correntes fluídas,

Outros se aninham no silêncio da solidão,

Relacionamentos que ecoam promessas,

Ou a renúncia discreta de qualquer ligação.

As redes brilham, mas quem vê o reflexo?

Momentos capturados em luzes passageiras,

Felicidade é cena ou é arte de desviar

De uma vida que atrai com promessas traiçoeiras?

Quem define o certo em meio ao ruído

De um mundo que consome mais do que cria?

Filhos são sonhos ou metas escritas?

E a liberdade... será que ainda é guia?

Há quem se aqueça no abraço sincero,

E quem se afasta, temendo se perder.

Num jogo sem regras, movemos as peças,

Mas qual caminho é livre ou destino a temer?

A sociedade grita, mas quem ouve o sussurro

Das almas que buscam por algo mais puro?

No labirinto das escolhas, quem é o vilão?

E quem se lança em busca de outro verão?

Entre dúvidas e desejos, seguimos,

Cada um dançando ao ritmo que escolheu,

Mas, afinal, no palco do existir,

O que nos eleva: o amor ou o vazio que se ergueu?

Thais de Paula
Enviado por Thais de Paula em 09/10/2024
Código do texto: T8169795
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.