Chuva

Ao despertar, a névoa em meu ser se espalha

Um frio gélido, um peso sobre a alma

Sob o manto negro da noite, a solidão me chama

E o sol, um cruel facho, a minha pele escalda.

Em meio a risos, ouço um lamento agudo

Um coro de almas perdidas, em tormento profundo

A luz, um fardo, a verdade, um absurdo

Em cada rosto, a máscara de um mundo.

Em castelos de ossos, meu coração se abriga

Onde corvos grasnam, em noite sem vigia

A chuva, um bálsamo, a dor, minha amiga

Em cada gota, um choro que me purifica.

Tiago Guedes Moraes
Enviado por Tiago Guedes Moraes em 30/09/2024
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