Chuva
Ao despertar, a névoa em meu ser se espalha
Um frio gélido, um peso sobre a alma
Sob o manto negro da noite, a solidão me chama
E o sol, um cruel facho, a minha pele escalda.
Em meio a risos, ouço um lamento agudo
Um coro de almas perdidas, em tormento profundo
A luz, um fardo, a verdade, um absurdo
Em cada rosto, a máscara de um mundo.
Em castelos de ossos, meu coração se abriga
Onde corvos grasnam, em noite sem vigia
A chuva, um bálsamo, a dor, minha amiga
Em cada gota, um choro que me purifica.