Finitum
Estou ao lado da morte ceifadora
Laminando essas pragas rastejantes,
O meu amor é sangrar almas distantes
Do cultivo tão lindo da lavoura.
O meu dogma é a tristeza logradora,
A que o verme caminha nos errantes
Passos curtos e mortos dos gigantes:
A ignorância tão enorme e vencedora.
Alimento de carne, mas vegeto,
Mero servo do fogo-fátuo: a vida;
Decompõe da matéria o seu dejeto,
A carniça, o motor que só vomita.
Somos traças do acaso e de seu esmero,
Eu? Sou a morte, o veneno-fogo; Nero.