INDIGENTE (AÇÃO # M #)

Meu olhar é exigente

E enxerga exatamente

Os fatos como eles são.

Um dia essa essência

Embora irá,

Ficará esta carcaça

Que diferença fará?

Indigente sou em vida,

Na morte também quero ser,

Se sou muito exigente,

Todos sabem o porquê.

Peço a todos os parentes

Me permitam simplesmente

Quando a morte me pegar,

Deixem - me continuar assim,

Indigente até o fim,

É como quero ficar.

Este pode ser outro erro,

Mas, por que no meu enterro,

Ao meu lado hão de estar?

Não há mágoas nisso tudo,

Não ouvindo e estando mudo,

Sem também nada exergar,

Respeito vossos direitos

E peço com muito jeito,

Respeitado quero ser.

Indigente minha gente

Se assim vivi, assim quero morrer,

Nem velório quero ter.

Não se preocupem com o caixão,

Quando eu descer ao chão,

Deve ser por outras mãos

Minha finalização.

Meu direito! E quero ter!

Não lhes custam compreender.

☆ Reeditando para que não haja esquecimentos