Migração

O sol que frio banhava a cidade

Mais parecia tomado por trevas,

Pois só se via decadência em tudo

Que se assentava sob o céu choroso.

Certas pessoas sofriam em casa

E seus gemidos frágeis se perdiam,

O badalar do sino da igreja

Tanto implorava por perdão divino.

Em meio ao sofrimento que crescia,

Os abutres migravam ao banquete,

E junto a eles, nós, os homens corvos,

Sinais da morte e do mau agouro.

Olhos de vidro, manto e asas pretas,

E abaixo do chapéu, um longo bico.

Enquanto todos fugiam da peste,

Migrávamos em sua direção.

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Olá, tudo bem?

Este é o poema que abre meu novo livro. Será postado aqui no RL nas próximas semanas, num e-book feito com muito carinho. Caso se interesse, não deixe de conferir! É uma poesia narrativa, ambientada na idade média. Tem uma pegada bem gótica. Segue a sinopse:

Na distópica e terrível Europa Medieval, uma doença cruel e misteriosa começa a se espalhar. Há muito misticismo em torno da peste e dos bizarros homens corvos, com seus tratamentos pouco piedosos... Quando a sombra da peste cobre o que um dia foi uma movimentada cidade, um grupo desses homens é chamado para lidar com a epidemia, mas as coisas não saem como planejado.

Arthur Miranda Moreira
Enviado por Arthur Miranda Moreira em 12/08/2024
Reeditado em 12/08/2024
Código do texto: T8127560
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