Possuída
Ouço os gritos lancinantes das almas perdidas,
Percebo vultos sombrios que me observam
E desejo ser completamente possuída
Pela escuridão e pelo desespero
Que têm me assediado.
Aproveito para clamar, expressando a angústia
Insana que dilacera o frágil equilíbrio
Da minha mentalidade estraçalhada
Por tantas e tão repetidas desilusões.
Caminho neste pântano amaldiçoado,
Aproximo-me da loucura total,
Sei que está chegando o momento
De encarar o meu eu distorcido.
Talvez eu consiga me salvar,
Mas o mais provável é que eu
Termine me perdendo completamente,
Afundando neste pântano asqueroso
Que nos impede de respirar livremente