Noite sem Fim
Na quietude da noite, o silêncio é quebrado,
Passos rápidos nas ruas de pedra,
A pequena cidade, que outrora era calma,
Nas sombras se esconde, temendo por sua alma.
Luzes de néon piscam nas fachadas,
Iluminam esquinas de histórias antigas,
Mas os olhos atentos percebem a mudança,
No murmúrio das vozes que a noite abriga.
Antigos grafites projetam figuras,
Nos muros marcados por tempos passados,
Nas janelas fechadas, sussurros e medos,
Ecoando segredos de amores quebrados.
A madrugada avança, um ciclo sem fim,
Revelando mistérios, trazendo o perigo,
E os corações, que batiam tranquilos,
Agora aceleram, sentindo o vazio.
O som dos motores, de portas rangendo,
A cidade desperta, mas não é do sono,
É do medo que ronda, de olhos que espreitam,
De um novo destino, de um novo abandono.
E quando o sol nasce, tímido no horizonte,
A neblina se vai, levando o temor,
Mas a pequena cidade, que um dia foi calma,
Agora conhece as noites se cor.