Amada morte negra
Os desejos proibidos me assombram,
Amada morte, negra como a noite,
Teus mistérios sombrios me encantam,
Levando-me rumo ao abismo sem açoite.
Em teus braços frios encontro repouso,
O silêncio profundo me acalma,
Na escuridão que envolve meu torpor,
Entrego-me à dança da tua alma.
Ó morte, amada sombria e misteriosa,
Negra como a noite que te abraça,
A ti me entrego, sem receio, sem vitória,
Para além da vida, onde a morte passa.
Em teus braços de sombra encontro paz,
Amada morte, guiando-me ao fim,
Em teu abraço final, enfim deslazo,
Envolto na escuridão eterna, sem fim.