Véu Branco
Eu Sou,
aquele que sobe no altar,
que tem como esposa,
a inevitabilidade.
Aquele que,
está de branco,
como uma cerimônia,
de morte oriental.
Aquele que se casa,
com o tempo,
e cria do absoluto,
do infinito Saturno.
Agora visto o branco,
levo o anel ambarado,
e o colar de joias,
carrego a água metálica.
Sou a forma,
que não tinha forma,
sou presente, passado e futuro,
sou o nada.
Sou alquimista,
perfomista,
na tragédia grega,
chamada vida.
Sou ser.
Sou nada.
Sou casca,
Sou alma.