Skotia
Andando no campo,
de Elísios,
desço,
as profundezas do Abismo.
Aonde vou para o fundo do mar,
aonde no relento sinistro,
encontro meus amigos,
ali esquecidos.
Criaturas abissais,
aonde o puro imenso,
escuro infinito,
lembram os campos de Nyx.
Aonde a areia que reluz,
lembram o mundo,
escuro,
e Pancosmico a se criar.
Ali sou como concha,
e de minha alergia,
talvez eu venha à gerar,
pérola genuína.
Marés vêm,
marés vão,
me movem dali,
e venho a observar.
Um templo maritimo,
aonde a água vira turquesa,
pilares ali esquecidos,
pelo tempo infinito.
Uma mão invisível,
me arrebata,
e me coloca no templo,
templo de doçuras.
Aonde as feras ali,
estão em paz,
estão em gozo,
e se põem a criar.
Uma voz de doçura,
um semblante escuro,
profundo,
que lembra a vida não- criada.
Escondida nas profundezas,
aonde tudo permeia,
ali está, à que subjuga,
através da persuasão.
Figura sinistra,
doce,
amarga,
e genuína.
Se põe a dançar,
levanta- me,
leva- me,
para a superfície.
Seus movimentos,
me fazem ver ao céu,
e pela primeira vez,
à Hélios contemplar.
Agora não só vejo aos campos.
Vejo o Abismo,
agora conheço a superfície,
a maré e o mar.
Encontro a areia,
descubro a praia,
porém da concha,
ainda não vou sair.
Pois de mim,
pode sair a pérola,
que com aspecto Lunar,
traz a luz solar.