Skotia

Andando no campo,

de Elísios,

desço,

as profundezas do Abismo.

Aonde vou para o fundo do mar,

aonde no relento sinistro,

encontro meus amigos,

ali esquecidos.

Criaturas abissais,

aonde o puro imenso,

escuro infinito,

lembram os campos de Nyx.

Aonde a areia que reluz,

lembram o mundo,

escuro,

e Pancosmico a se criar.

Ali sou como concha,

e de minha alergia,

talvez eu venha à gerar,

pérola genuína.

Marés vêm,

marés vão,

me movem dali,

e venho a observar.

Um templo maritimo,

aonde a água vira turquesa,

pilares ali esquecidos,

pelo tempo infinito.

Uma mão invisível,

me arrebata,

e me coloca no templo,

templo de doçuras.

Aonde as feras ali,

estão em paz,

estão em gozo,

e se põem a criar.

Uma voz de doçura,

um semblante escuro,

profundo,

que lembra a vida não- criada.

Escondida nas profundezas,

aonde tudo permeia,

ali está, à que subjuga,

através da persuasão.

Figura sinistra,

doce,

amarga,

e genuína.

Se põe a dançar,

levanta- me,

leva- me,

para a superfície.

Seus movimentos,

me fazem ver ao céu,

e pela primeira vez,

à Hélios contemplar.

Agora não só vejo aos campos.

Vejo o Abismo,

agora conheço a superfície,

a maré e o mar.

Encontro a areia,

descubro a praia,

porém da concha,

ainda não vou sair.

Pois de mim,

pode sair a pérola,

que com aspecto Lunar,

traz a luz solar.

Dragomir
Enviado por Dragomir em 27/06/2024
Código do texto: T8094662
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