Caro Data Vermibus!

O belo pássaro que canta na janela,

amanhã será a cola do asfalto quente...

Essa bela e alva nuvem que decora o céu,

amanhã será a desgraça de alguém...

Sacos de ração para vermes enfeitados

com metais brilhantes e panos estranhos.

A carne é apenas carne, do latim cadaver.

Do pó viemos, e ao pó retornaremos!

Amanhã restará alguma coisa de nós?

Sangue e ossos, são tão efêmeros;

Asfalto e concreto, prédios e carros,

durarão mais do que nossos cabelos...

Memento mori! Grita a carne em alerta...

Vaidade e cobiça, tudo é vaidade e cobiça...

Avareza é a nova virtude da vez: dancem,

dancem ao redor do altar, vocês são o sacrifício...