Ceifador de Memórias
Nas garras da noite, o Ceifador se esconde,
Entre os ecos do medo, sua presença responde.
Com olhos vazios, ele observa sua presa,
E na mente que falha, instala a incerteza.
O passado se desfaz, em um sussurro gélido,
O presente é um grito, no vazio pétreo.
O Ceifador avança, com sua foice de agonia,
E na mente que se apaga, reina a melancolia.
O amor se transforma, em um espectro torturado,
As memórias, agora, são fantasmas do passado.
O Ceifador ri, enquanto a esperança se despedaça,
E na escuridão que se alastra, a sanidade se esvaiça.
As palavras são lamentos, na língua do esquecimento,
O Ceifador é o mestre, do eterno tormento.
Ele traz consigo, o horror do nada,
E na mente que se fecha, a luz é sufocada.
Não há mais refúgio, nem porto seguro,
O Ceifador é o fim, o destino obscuro.
A cada memória que leva, um pedaço se morre,
E na mente que se esfacela, o desespero socorre.
O futuro é um abismo, onde o Ceifador ecoa,
O que uma vez foi vida, agora se escoa.
Ele caminha entre ruínas, de sonhos desfeitos,
E onde ele passa, restam apenas os eitos.
O Ceifador é o juiz, da corte do fim,
Sua sentença é o silêncio, o último hino.
Ele é o arauto da perdição, o carrasco da mente,
E na sua passagem, tudo é dor latente.
Contra ele não há luta, nem força ou vontade,
Ele é o inevitável, a pura verdade.
O Ceifador de Memórias, com seu manto de terror,
Deixa apenas o eco, do último clamor.
Assim o mundo gira, sob o jugo do Ceifador,
Que colhe sem piedade, o fruto do pavor.
Ele é a sombra que assombra, a noite sem lua,
Que nos lembra que no fim, tudo se anula.
No teatro da vida, o Ceifador é o vilão,
E nós, meros espectros, enfrentamos a escuridão.
No final, só resta o palco desolado,
E o silêncio da memória, que foi condenado.
NOTA:
"A doença de Alzheimer é uma condição neurodegenerativa que se manifesta principalmente pela perda de memória e por dificuldades cognitivas. Com o passar do tempo, essa doença pode levar a uma incapacidade total de cuidar de si mesmo, afetando milhões de vidas em todo o mundo.
No Brasil, a situação é alarmante. A proporção de brasileiros com Alzheimer cresceu 127% em 30 anos. Atualmente, cerca de 1,2 milhão de pessoas vivem com Alzheimer no país, e 100 mil novos casos são diagnosticados a cada ano. Se medidas preventivas não forem tomadas, estima-se que esse número possa quadruplicar até 2050.
É essencial aumentar a conscientização sobre o Alzheimer, não apenas para apoiar aqueles que já estão sofrendo com a doença, mas também para enfatizar a importância da prevenção. Fatores de risco modificáveis, como hipertensão, diabetes, sedentarismo e obesidade, podem ser controlados para reduzir a probabilidade de desenvolver a doença.
Cada um de nós tem um papel a desempenhar na luta contra o Alzheimer. Seja através do apoio a entidades de pesquisa, participando de campanhas de conscientização ou simplesmente estando lá para quem precisa, nossas ações podem trazer esperança e mudança."